Notícias - Direito Processual Civil - Domingo, 11 de dezembro de 2005
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 5983/05, do deputado Inaldo Leitão (PP-PB), que altera três dispositivos do Código de Processo Civil (Lei 5869/73).
A primeira alteração sugerida é a contagem apenas dos dias úteis nos prazos processuais de cinco dias ou menos. Atualmente, também são contados feriados e fins de semana.
A segunda mudança é a troca da expressão "julgamento antecipado" para "julgamento imediato" nos casos em que o juiz profere imediatamente a sentença, sem necessidade de apresentação de provas.
Finalmente, o projeto determina que o valor das custas processuais em caso de interposição de recurso seja triplicado caso o pagamento não ocorra no prazo previsto. Atualmente, o não-pagamento implica a perda do direito de recorrer, ou desistência do recurso.
Para o deputado, a mudança da contagem do prazo será vantajosa para as partes e advogados, "pois freqüentemente os prazos de cinco dias ou menos são absorvidos pelos feriados intercalados". Leitão argumenta que a eliminação do princípio da continuidade não tornará mais demorado o andamento dos processos, já que essa lentidão "não se deve aos prazos forenses, mas a dificuldades cartorárias e ao acúmulo de serviço".
Quanto ao "julgamento antecipado", o deputado afirma que essa antecipação não ocorre de fato. "Além disso, de um ponto de vista didático, esse julgamento de mérito, dito antecipado, pode ser confundido com o de antecipação da tutela". Conforme o Código de Processo Civil, antecipação de tutela significa que o juiz pode antecipar o pedido do autor da ação se houver risco de que a sentença já não tenha mais efeito quando do fim do processo.
Por fim, Leitão considera "sanção processual absolutamente desproporcionada" a perda do direito de recorrer, em caso de não-pagamento de custas.
O projeto será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Modelos relacionados
Registro de pessoas nascidas no exterior pode ser facilitado
O Projeto de Lei 5952/05, do deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), altera a Lei 6015/73, que facilita o registro de nascimento ou casamento de...
Polícias da Câmara e do Senado podem ter permissão para comprar arma
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado realiza reunião e pode votar requerimento do deputado João Campos (PSDB-GO) que...
Morre o deputado Ricardo Fiúza
Morreu hoje, aos 66 anos, vítima de câncer no pâncreas, o deputado Ricardo Fiúza (PP-PE). Ele estava em sua oitava legislatura na Câmara....
Campanhas educativas podem ser vinculadas durante vôos domésticos
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou o Projeto de Lei 905/03, do deputado Pastor Reinaldo (PTB-RS), que obriga as...
Produtos podem trazer informações sobre seu impacto no meio ambiente
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou, no último dia 7, o Projeto de Lei 4807/05, do deputado Jefferson Campos...
Receber benefícios para executar músicas pode se tornar crime
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática aprovou o Projeto de Lei 1048/03, do deputado Fernando Ferro (PT-PE), que tipifica...
Aprovadas três novas súmulas da Turma Nacional dos JEFs
A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, em sessão de julgamento realizada nesta segunda-feira (12), aprovou três...
Foro de Goiânia tem 160 ações com mais de 25 anos
Em 1965, Flauzina Martins Rezende entrou com processo na Justiça contra a empresa Comercial e Importadora Sotel, de Goiânia, tentando anular a...
Áreas de preservação podem ter identificação por placas informativas
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou o Projeto de Lei 4696/04, do deputado Carlos Nader (PL-RJ), que obriga a...
Projetos de lei regulamentam a Reforma do Judiciário
A Comissão Especial Mista para Regulamentação da Reforma do Judiciário aprovou o relatório do senador José Jorge (PFL-PE), que propõe a...
Temas relacionados
Outras matérias
Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização.